Controle de resíduos na construção civil

30/05/2022
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Sociedade e órgãos governamentais têm aumentado a cobrança sobre construtoras e demais empresas do segmento de obras com relação ao controle de resíduos.

 

Importante como é, esse processo precisa ser realizado de forma correta, para não acarretar problemas ambientais e financeiros para os envolvidos. Por isso, vamos apresentar os principais conceitos envolvendo o assunto.

 

O que são resíduos na construção civil?

 

Fonte da foto: Abrecon

 

Segundo definição da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), são resíduos sólidos gerados nas construções, reformas, reparos e demolições, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis.

 

Portanto, são considerados materiais como tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, restos de metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, telhas, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica e etc.

 

Como os resíduos são classificados?

 

São classificados de acordo com a sua composição - realizada pela Resolução 307 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente):

 

  • Resíduos de Classe A:

 

Materiais que podem ser reciclados ou reutilizados como agregado em obras de infraestrutura, edificações e canteiro, como: tijolos, telhas e revestimentos cerâmicos; blocos e tubos de concreto e argamassa.

 

  • Resíduos de Classe B:

 

Materiais que podem ser reciclados ou não, como: vidro, gesso, madeira, plástico, papelão, entre outros.

 

  • Resíduos de Classe C:

 

Materiais para os quais não existe ou não é viável aplicação econômica para recuperação ou reciclagem, como é o caso de estopas, lixas, panos e pincéis, desde que não tenham contato com substância que o classifique como D.

 

  • Resíduos de Classe D:

 

São aqueles compostos ou em contato de materiais/substâncias nocivos à saúde, como solvente e tintas; telhas e materiais de amianto; entulho de reformas em clínicas e instalações industriais que possam estar contaminados.

 

Também é importante dizer que estes resíduos sólidos podem ser classificados, ainda, em três categorias, de acordo com o perigo que proporcionam:

 

  • Classe I – resíduos perigosos
  • Classe II – não inertes (contaminados)
  • Classe III – inertes

 

Os resíduos de construção e demolição (RCD) são em sua maioria de Classe III, embora, devido à poluição, possam ser classificados como de Classe II.

 

Por que deve ser feito o controle 

Fonte da foto: Unsplash

 

Há uma série de motivos que tornam esse assunto tão importante no segmento. Abaixo, listamos os principais, que ao final farão com que sua empresa veja este tema sob uma nova ótica:

 

  • Sustentabilidade e a preocupação com o meio ambiente

 

É uma necessidade do mundo moderno adequar as empresas às práticas sustentáveis, que causem o menor dano possível ao meio ambiente.

 

  • Segurança no próprio canteiro de obras

 

O controle desses materiais, especialmente os mais perigosos, contribui diretamente com a segurança dos operários e colaboradores envolvidos com as obras. Também é possível aumentar a organização e otimização do espaço, o que afeta positivamente a produtividade.

 

  • Evitar multas

 

Práticas envolvendo o controle de resíduos podem gerar multas e penalidades bastante pesadas para as empresas de construção civil. O descarte incorreto de insumos não utilizados é um desses casos - por exemplo, colocar esses materiais em meio ao lixo comum.

 

  • Gerar economia

 

É possível reciclar e reutilizar boa parte destes resíduos, que quando incorporados novamente à obra, diminuem os custos e geram economia - seja pela compra de materiais ou seu armazenamento e descarte.

 

Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil

 

Também conhecido pela sigla PGRCC, este plano serve como um guia do que deve ser feito nos canteiros de obras. É exigido por lei o licenciamento ambiental antes de serem executadas.

 

São 5 as etapas para este plano, segundo a Resolução CONAMA N° 307/2002:

 

  • Etapa 1: Caracterização

Quando são identificados todos os tipos de resíduos;

 

  • Etapa 2: Triagem

É a separação prática dos resíduos gerados no canteiro de obras;

 

  • Etapa 3: Acondicionamento

Aqui estamos falando de armazenagem destes sedimentos, de acordo com a sua classe;

 

  • Etapa 4: Transporte 

Também é feito respeitando as recomendações para cada classe de resíduos;

 

  • Etapa 5: Destinação

Depende da classificação do resíduo e deve seguir os direcionamentos das normas vigentes. 

 

Agora ficou mais fácil de entender a importância de preservar o meio ambiente. 

 

Nós da Ridarp apoiamos essa causa. Quer saber mais? Acesse o nosso site

 

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